21 atividades para comemorar o Dia Internacional dos Povos Indígenas

06/08/2021

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Celebrado em 9 de agosto, o Dia Internacional dos Povos Indígenas foi instituído pela Organização das Nações Unidas em 1994, e chama atenção para a luta pela autodeterminação e a garantia dos direitos humanos das etnias indígenas do mundo todo. Tendo como base este marco, em 2021, o Agosto Indígena foi oficialmente incluído no calendário oficial do Estado de São Paulo (Lei 17.311/2021).

Para comemorar a data, reunimos diversas atividades online realizadas em 2021 pelas unidades do Sesc, em ações que reforçam a importância de valorizar as culturas e saberes desses povos durante todo o ano e a urgência do respeito aos seus direitos no Brasil. Acompanhe!


Saberes e fazeres indígenas

Cinema
Com curadoria das antropólogas Majoí Fávero Gongora e Ana Maria Machado, em parceria com o CineSesc, a mostra Luta Yanomami: Cinema como Aliado exibe, até 13 de agosto, longas, médias e curtas-metragens que buscam visibilizar a situação vivida pelos Yanomami e fazer ecoar seus pedidos de socorro que têm sido ignorados nos últimos anos. Assista aqui


Exposição
A mostra Encontros Ameríndios, em cartaz no Sesc Vila Mariana até 13 de fevereiro de 2022, traz a proposta de explorar possibilidades dialógicas a partir do encontro entre as artes dos povos Haida e Tahltan (Canadá), Guna (Panamá), Shipibo Konibo (Peru) e Huni Kuin (Brasil).

Para marcar a abertura da exposição, uma bate-papo reuniu Sylvia Caiuby Novaes, idealizadora e coordenadora da mostra, Marina Herrero, indigenista, e Els Lagrou, pesquisadora; com mediação de Tatiana Amaral. Assista aqui.

Detalhes da obra Benxoti, na exposição Encontros Ameríndios.


Videoclipe
Convidados pelo Sesc Interlagos, o artista visual Kadu Xukuru e a cantora e compositora Kaê Guajajara criaram juntos o clipe de “Espelho, espelho meu”. Assista ao vídeo completo no canal da artista – sua audiência apoia a produção cultural independente:


Música
O indígena Joab Augusto Martim, morador da comunidade do Jaraguá, construtor de rabecas com cabaça e mestre rabequeiro, partilhou suas experiências com as crianças do Curumim do Sesc Ipiranga! Espia!


Culinária 
Neste episódio da série Cultura Culinária do Vale do Ribeira, do Sesc Registro, Shislene de Araújo ensina o preparo do pakuwá dju, um doce de banana. Na Tekoá Pakowaty (Aldeia Bananal), comunidade da qual ela faz parte, são cultivadas diversas variedades da fruta – a ideal para esta receita é a nanica e ela deve estar bem madura:


Grafismos
Os grafismos são saberes ancestrais de resistência Indígena, uma escrita originária, de pertencimento cultural, tradicional e espiritual. São também uma ferramenta e um método de comunicação. Através do grafismo em tecido, pode-se registrar e contar muitas histórias. Na oficina do Sesc Ribeirão Preto, Caiçaró compartilha os saberes do Povo Tukano.

Assista aqui.

Literatura e Música
Olivio Jekupé é escritor guarani, com mais de 20 livros publicados; Werá Jeguaka Mirim, conhecido como Kunumi MC, também é escritor de literatura nativa, compositor e rapper. Ambos são da Tekoa Krukutu, comunidade guarani localizada em Parelheiros, zona sul da cidade de São Paulo, e fazem da escrita e da música instrumento de resistência e luta. Neste vídeo do Sesc Registro, eles contam um pouco de suas trajetórias e citam a importância de manter viva a cultura de seu povo.

Bate-papos e depoimentos 

Território, língua e conhecimento 
Com André de Souza Pinto, ativista das causas indígenas e William Guyra Pepo, liderança indígena. O vídeo do Sesc Sorocaba apresenta a importância dos territórios indígenas (floresta, ar puro e água em abundância) no fazer coletivo e o valor da comunidade indígena, a língua guarani se perpetuando através da convivência comunitária (Karaí Poty, Xeramõi – líder espiritual que prefere falar em Guarani pois acredita que as linguagens indígenas precisam ser ouvidas) e a língua portuguesa como questão de sobrevivência e o conhecimento adquirido através desses saberes. 


Brasil e Povos Indígenas – Saúde, Pandemia e Vacinação
Bate-papo do Sesc Campo Limpo sobre o impacto da pandemia de Covid-19 no Brasil e entre os povos indígenas, sobre a vacinação das populações aldeadas e em contexto urbano, e a circulação de informações falsas que ameaçam os povos indígenas. Com Jera Poty Guarani, pedagoga, agricultora e liderança da Terra Indígena Tenondé Porã, e Cacique Darã, da Aldeia Tekoa Porã e coordenador geral da Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste. Mediação de Sofia Mendonça, médica sanitarista, indigenista e antropóloga, coordenadora do Projeto Xingu, programa de extensão em Saúde dos Povos Indígenas da Escola Paulista de Medicina da UNIFESP.  Apresentação de Artur Ribeiro. 


Live Histórias Indígenas e o Brasil em Ruínas
Serras da Desordem e Martírio são filmes que entraram para a história da cinematografia brasileira como formas potentes de compreensão, colaboração e denúncia das violências etnocidas que os povos indígenas sofrem em nosso país. O CineSesc convidou o ambientalista Ailton Krenak, a montadora Cristina Amaral (Serras da Desordem) e o diretor Vincent Carelli (Martírio) para debaterem os fluxos possíveis trazidos por essas obras e a construção de mundos fora da lógica usurpadora dominante. Mediação da antropóloga e documentarista Junia Torres:

Conhecimentos dos povos tradicionais, biodiversidade e políticas públicas
O bate-papo da série Ideias #EmcasacomSesc levantou a necessidade do debate entre a universidade e a sociedade a respeito das questões socioambientais da atualidade, com destaque para a importante contribuição dos povos indígenas e das comunidades tradicionais para a geração e a conservação da biodiversidade. Com Manuela Carneiro da Cunha, antropóloga, membro da Academia Brasileira de Ciências, e Creuza Prumkwyj, mestre em Desenvolvimento Sustentável junto a Povos e Comunidades Tradicionais pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da Universidade de Brasília. Mediação de Artionka Capiberibe, doutora em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ e apresentação de Danilo Cymrot.


Abelhas-sem-ferrão: biodiversidade, cultura e tradição indígena
A relação dos povos Guarani Mbya e Tupiniquim com as abelhas-sem-ferrão e o papel desses insetos polinizadores na biodiversidade é tema do bate-papo promovido pelo Sesc Itaquera.

Assista aqui.

Histórias Guarani Mbya – Timóteo Popygua
Os Guarani Mbya habitam algumas partes da região meridional da América do Sul, localizadas em determinadas áreas do Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Em São Paulo, a terra indígena dos Mbya está situada principalmente nas faixas litorâneas, como Ubatuba, Mongaguá, ao norte e ao sul da capital, na região do Pico do Jaraguá e de Parelheiros. Na série de entrevistas do Sesc Santo Amaro, está a conversa com Timóteo da Silva Verá Popygua – Coordenador da Comissão Guarani Yvyrupa, Cacique da Aldeia Guarani Takuari, localizada na região de Eldorado – Vale do Ribeira (SP):


Do meu canto conto eu
A websérie traz a voz de três povos originários do Brasil sobre seus modos de existir, em imagens captadas com o celular, por eles mesmos. O projeto foi idealizado pela artista palhaça Priscila Jácomo, que acumula anos de experiências vividas junto a povos indígenas dos povos Krahô (Tocantis); Kariri Xocó (Alagoas); e Guarani Mbya (terra indígena no Jaraguá, São Paulo – capital), fazendo a ligação entre eles e uma equipe de produção audiovisual que recebeu o material e editou os episódios.


Mulheres indígenas em foco

Jaçanã
Dona Jaçanã, primeira pajé mulher da comunidade Pataxó de Aldeia Velha,  em Arraial D’Ajuda, na Bahia, é a protagonista deste vídeo do projeto ‘Mulher de Palavra – Coletiva’, do Sesc Bom Retiro. Ela criou uma horta comunitária que atende todo o povoado e vem ensinando os mais jovens a cultivar e usar as ervas medicinais da região.


Jerá
Neste vídeo que faz parte da série “História Guarani Mbya”, do Sesc Santo Amaro, conhecemos Jerá Guarani, liderança Guarani Mbya das Terras Indígenas Tenondé Porã. A Jerá atua há mais de dez anos à frente da luta pela demarcação das terras e pelo resgate das tradições do seu povo. Ela nos oferece relato sobre as novas experiências vividas em comunidades lideradas por mulheres Guarani Mbya que vivem na Terra Indígena Tenondé Porã.


Catarina
A trajetória de Dona Catarina, uma liderança indígena que despontou logo cedo nas lutas pelo seu povo, é o tema deste vídeo do Sesc Santo André. Catarina já foi parteira, professora e hoje é cacique na Terra Indígena Piaçaguera, especialista em ervas da floresta ao seu redor, e ministra cursos interculturais pela Universidade de São Paulo (USP). Vamos ouvi-la? 


Documentário Kunhangue Arandu: A sabedoria das mulheres
O SescTV apresenta o documentário realizado na Terra Indígena Jaraguá, no município de São Paulo, nas aldeias Tekoa Ytu, Tekoa Pyau, Tekoa Itakupe, Tekoa Yvy Porã e Tekoa Ita Endy. Revela o universo feminino das mulheres Guarani, em suas nuances para manter a transmissão e perpetuação de sua cultura, e as formas de resistência para manter o nhandereko, o modo de ser Guarani.  Assista aqui


Para ver com as crianças


Sementes
O Sesc Catanduva apresentou uma experiência lúdica e artística a partir de imagens e narrativas guiadas por dois personagens feitos de Sapucaia e outras sementes e penas, inspirados na construção estética dos povos indígenas. Do Tupi Antigo, Ibira significa árvore e Rama é indicação de futuro, o vir a ser. A palavra Ibirarama usada para nomear as sementes traz em si um saber nativo dos povos originários de que toda semente carrega em si uma potência de Vida. 

A Boca da Noite
Cristino Wapichana foi o convidado da série #CadaCantoUmaHistória, do Sesc Vila Mariana. O músico, compositor e escritor do povo Wapichana é  autor do livro “A Boca da Noite”, ganhador do Prêmio Jabuti. O personagem principal da narrativa é Kupai, um menino de seis anos, muito curioso e inventivo, que mostra um pouco de sua infância, da família, da cotidiano e da criatividade do povo Wapichana. 


Foi vovó que disse
A série de vídeos do Sesc São Carlos convida a conhecer os escritores indígenas Daniel Munduruku, Cristiano Wapichana e Ariabo Kezo, seus povos e suas histórias. Aqui, o escritor Daniel Munduruku apresenta um trecho de seu livro “Foi vovó que disse”, uma história repleta de memórias afetivas e respeito aos animais e às florestas:

Jogo da Onça
Usando materiais que temos em casa e instigando a pesquisa à cultura indígena Bororo, o Sesc Araraquara ensina o Jogo da Onça. Trata-se de um jogo de origem pré-colonial do povo Boe ou Bororo, etnia indígena que habita o hoje estado Mato Grosso. É um jogo de estratégia para dois participantes em que um joga com a única peça da onça e o outro com os 14 cachorros:

https://www.instagram.com/p/CNvSZAkhZf_/

>>> Acesse mais conteúdos do Sesc São Paulo junto aos povos indígenas aqui.

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